“Xanadu”, um dos grandes sucessos da Broadway, ganha primeira montagem no Brasil com direção de Miguel Falabella e versão de Artur Xexéo. O espetáculo conta com Danielle Winits, Thiago Fragoso e Sidney Magal no elenco. Sabrina Korgut e Gottsha, duas atrizes com trajetórias de respeito em musicais, também estão na adaptação. A superprodução, que está em cartaz no Rio, aposta na tecnologia e tem mais de 15 cenários, uma centena de figurinos, telões de fibra ótica e até um voo de Danielle e Thiago sobre a plateia.
A releitura de “Xanadu” é uma mistura de Grécia Antiga com anos 80 e o tempero brasileiro. No original, Clio, uma semideusa que adota o nome de Kira quando se disfarça de humana, desce à Terra acreditando que está em Veneza, quando na verdade está em Venice Beach, Califórnia. Nesta montagem, ela acha que chegou a Paris, em 1880, mas na verdade está na Praça Paris, no bairro carioca da Glória. “O espetáculo que estamos fazendo é um musical que ri de si mesmo, com toda aquela loucura de musas que descem do Olimpo para ajudar um humano. Embora a matriz seja americana, o público se identifica muito porque há piadas e referências bem nossas”, compara Danielle.
Na pele de Sonny Malone, um artista incompreendido que pretende abrir uma casa noturna diferente de tudo que o que já havia sido feito até então, está Thiago Fragoso, que volta aos palcos em um musical. O ator iniciou a carreira aos 11 anos em um espetáculo do gênero e desde então quis participar de uma grande produção como esta. Para interpretar Sonny, Fragoso fez preparação vocal e corporal: “Aprendi a andar e dançar de patins, o que é inédito na minha vida, já que não me recordo de ter colocado patins nos pés até então. Tenho me dedicado intensamente a esse trabalho, busquei algumas referências dos anos 80, apesar de não ter visto o filme nem a peça ‘Xanadu’, justamente para ter bastante liberdade artística para criar o personagem como imagino”.
Ao contrário de Thiago, Danielle andava de patins na infância e na adolescência, mas nem por isso levou vantagem na hora de dançar sobre rodas: “Quando os coloquei de novo nos pés foi mágico, voltou tudo, como andar de bicicleta. Tenho o acompanhamento de um professor que me ensina a coreografia específica para os patins, mas cantar e dançar sobre eles não é fácil. Tem todo um cuidado para não deixá-los sobressaírem ao canto. Também faço musculação para alguns grupos específicos que não estava acostumada a trabalhar”, conta a atriz.
A Fernanda Chamma coube o desafio de recriar as coreografias originais, a exemplo das antológicas acrobacias com patins. Assim como os demais segmentos, Fernanda seguiu a linha bem humorada proposta pelo diretor: “Reviver os anos 80 foi divertido e inspirador. Vivi essa febre sobre patins e os tempos áureos do jazz dance que marcaram essa época.
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